Relembrar bons momentos é sempre algo prazeroso. Faz-nos rememorar novamente todos aqueles sentimentos e, principalmente, perceber como as memórias se modificam ao longo do tempo. Joice Lamb diz, “Na impossibilidade de escrever a vida vivida, só posso escrever a vida lembrada”. A professora, natural de Novo Hamburgo (RS), deposita de forma carinhosa e cuidadosa as memórias da sua vida – lembrada e não vivida – como educadora. Na obra “A vida escrita: memórias de uma professora”, ela se debruça a lembrar momentos e contar a sua história e relação com a educação.
O desejo em registrar esses pensamentos, momentos e ideias sobre educação surgiu há mais dois anos, logo depois que foi reconhecida no prêmio Educador Nota 10, em 2019. Foi então que surgiu a oportunidade de fazer parte da coleção “Delas” da Editora Ática. “Eu deveria escrever memórias da minha formação de professora, da minha vida de professora, mas ao mesmo tempo não tinha como escrever memórias de uma vida de professora sem falar das minhas próprias memórias, não é mesmo? Porque eu me constituo pessoa e professora, são duas coisas que não se separam”, comenta ela.
O processo de aproximação do autor com a sua obra e a escrita dos seus pensamentos é sempre um momento de reflexão. “Eu estava vendo essas memórias e acabei fazendo uma reflexão muito interessante ao tentar entender como eu pensava em mim na época que as coisas aconteceram. E hoje relembrar é um pouco diferente: uma coisa é você viver, outra é relembrar as memórias. Não é a mesma coisa, a gente não tem uma memória exatamente igual como foi quando viveu, porque essa memória que você tem agora vem filtrada pelo contexto da vida que você está vivendo”.
Durante esse processo de escrita, a educadora ficou pensando “O que as pessoas vão querer saber da minha vida? Das minhas memórias? Como isso vai afetar outras pessoas?”, mas foi ouvindo de pessoas que leram trechos do seu livro que ele viu a importância de uma obra como essa. “As histórias dos professores são importantes. O livro não fala só da minha memória, mas também coloca em destaque os professores do Brasil. Não que eu represente os professores do Brasil, mas ter um educador contando a sua memória também mostra pra sociedade o valor desses profissionais e como eles são importantes para a constituição desse desse universo que é a educação pública”.
Membra da Conectando Saberes desde 2020, Joice conta que a participação na rede Conectando Saberes fez a diferença na sua trajetória como professora. “Essa relação de poder conversar com professores de todo o Brasil é uma coisa maravilhosa! Estar próximo a professores do outro lado do Brasil. Eu acho que a Conectando Saberes é uma rede que ajuda os professores, que participam dela a se constituírem, se fortalecerem enquanto pessoas e enquanto professores”.
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Boa leitura!